É isso mesmo, você não entendeu errado. Felicidade Interna Bruta, mais conhecida como FIB; surgiu em um pequeno país chamado Butão há cerca de 10 anos atrás. A intenção era basear-se nesse índice para formular políticas públicas que contemplassem educação de qualidade, boa saúde, proteção ambiental, boa governança, acesso à cultura e bem estar psicológico, entre tantos outros.
À princípio parecia uma ideia maluca dar tanta importância para a felicidade, mas hoje é um tema estudado por diversos países, sendo inclusive uma das matérias mais disputadas da Universidade de Harvard.
Se pararmos para observar e refletir veremos que realmente existe um fundamento no valor que tem sido dado para a felicidade.
Muita importância sempre foi dada para o desenvolvimento econômico e a geração de riquezas, em detrimento do bem estar, e hoje o que se chega a conclusão é que riqueza acumulada não gera felicidade. É só observarmos como as pessoas estão competitivas, trabalhando cada vez mais para consumir na mesma medida por uma necessidade de status social, e no final o resultado são indivíduos estressados, ansiosos e deprimidos.
Talvez devêssemos dar um passo atrás na busca do equilíbrio perdido, valorizando mais a família, amigos, lazer, contemplação e espiritualidade, quesitos tão importantes para o desenvolvimento e manutenção de uma vida com sentido.
Sim, sentido de propósito, de cooperação mútua, tendo em vista o desejo de fazer alguma diferença no mundo.
Quem sabe assim nossa felicidade seja alcançada.
A corrida desenfreada por desenvolvimento e acúmulo de riquezas trouxe muitos prejuízos não só para o planeta como também para os indivíduos. O stress e a depressão são exemplos de enfermidades muitas vezes decorrentes da grande fadiga gerada pelo trabalho excessivo e da expectativa insana de corresponder ao significado de sucesso que a sociedade impõe aos cidadãos, a saber, o indivíduo economicamente ativo que amealhou uma quantidade suficiente de bens materiais.
Psicóloga Clínica Marílis Almeida